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“Em 40 anos, não houve nenhuma; em 20 dias já querem propor”

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A prefeita de Várzea Grande Flávia Moretti (PL) disse estar “espantada” com a possibilidade dos vereadores abrirem uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar irregularidades no DAE (Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande).
 

Com pouco mais de 20 dias e já querem propor CPI. Eu fico espantada como as coisas acontecem no ‘reino’ de Várzea Grande

Com menos de 30 dias de gestão, Flávia disse esperar que, se aberta, a CPI investigue também o departamento nas gestões passadas.
 
“Eu fico espantada que antes, em 40 anos, não teve nenhuma CPI do DAE. Com pouco mais de 20 dias e já querem propor CPI. Eu fico espantada como as coisas acontecem no ‘reino’ de Várzea Grande”, disse.
 
“É um direito deles, que eles investiguem, [mas também investiguem] o que aconteceu antes nas gestões passadas. Comecem, inclusive, pelas gestões passadas. Que eles façam uma investigação concreta para saber”, completou.

 
Quem manifestou o desejo de propor a CPI foi um vereador do próprio partido de Flávia, o vice-presidente da Casa de Leis, Bruno Rios (PL). A prefeita disse que ele e a Câmara são independentes e que não irá interferir.
 
Em 20 de setembro do último ano, a Deccor (Delegacia Especializada de Combate à Corrupção) deflagrou a Operação Gota D’Água, que investiou um grupo de servidores do DAE que teria cobrado valores para realizar serviços que eram devidos aos consumidores.
 
A estimativa na época era de um prejuízo de R$ 11,3 milhões aos cofres públicos, desde 2019. Flávia desde a campanha defende a privatização do Departamento.
 
Flavia também negou que estaria “desprestigiando” os vereadores e não aberta a um diálogo com ele. Segundo alguns parlamentares, a prefeita não está nem convidando os vereadores para comparecer aos eventos do Executivo.
 
“Os cerimoniais da Prefeitura estão encaminhando. É muito estranho, mas eu vou fazer o quê? Eles podem estar vindo, é aberto e público o convite e eles receberam porque é um protocolo de comunicação e de envio de convite”, defendeu-se.
 
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