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Eleições da OAB viram trampolim para Conselho Federal

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Presidentes de seccionais da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) nos estados e no Distrito Federal foram reconduzidos ao cargo ou alçados ao Conselho Federal da entidade em eleições marcadas pela vitória de candidatos da situação.

 

O processo de escolha dos representantes da advocacia começou em 17 de novembro e se estendeu até o último sábado (30), quando ocorreu a eleição da OAB Piauí, a última nos estados. Os mandatos são para os próximos três anos, de 2025 a 2027.

 

O pleito define, pelo modelo de chapas, a diretoria da seccional, o que inclui os cargos de presidente e vice, a diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados —que administra os benefícios para a advocacia—, a delegação ao Conselho Federal e conselheiros estaduais.

 

No último dia 21, o criminalista Leonardo Sica foi eleito para comandar a OAB São Paulo. Atual vice-presidente, ele venceu o pleito ao lado de Patricia Vanzolini como candidata a conselheira federal, que atualmente preside a seccional.

 

Vanzolini foi eleita em 2021 com uma bandeira contrária à reeleição, da qual ela abriu mão neste ano. Candidatos de oposição criticaram o destaque que a atual presidente recebeu durante a campanha, em detrimento da vice na chapa, Daniela Magalhães.

 

O padrão de o presidente ser eleito para o Conselho Federal da Ordem se repete em pelo menos outros seis estados: Ceará, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Santa Catarina, além de no Distrito Federal.

 

Três de cada seccional, os conselheiros federais elegem a diretoria nacional da OAB e formam as listas com indicados da advocacia para as vagas nos TRFs (Tribunais Regionais Federais) reservadas ao quinto constitucional.

 

No Ceará e em Pernambuco, assim como em São Paulo, não apenas o atual presidente foi eleito conselheiro federal, mas quem venceu o pleito para a sucessão foi o vice.

 

Venceram naqueles estados Christiane Leitão e Ingrid Zanella, duas mulheres. Pela primeira vez, a OAB Ceará e a OAB Pernambuco terão mulheres na presidência, na contramão de São Paulo, que optou por um homem para suceder a primeira mulher presidente da seccional.

 

A seccional do Rio de Janeiro, que elegeu no dia 25 Ana Tereza Basílio para comandar a entidade, foge em parte ao roteiro. O atual presidente, Luciano Bandeira, nem se candidatou a um posto. Ainda assim, Basílio é a vice nesta gestão e recebeu o apoio dele.

 

A maioria das seccionais estaduais (14) optou pela reeleição dos mandatários: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.

 

Dos 26 eleitos para comandar as entidades pelo país, somente 4 eram da oposição. Érica Neves (OAB Espírito Santo) e Sávio Barreto (OAB Pará) derrotaram os atuais presidentes. Israel Gonçalves da Graça (OAB Amapá) e Raimundo Júnior (OAB Piauí) superaram candidatos apoiados pela gestão atual.

 

Na última eleição para seccionais, no Piauí, o atual presidente, Celso Barros Coelho Neto, concorreu como candidato a conselheiro federal suplente na chapa encabeçada por Aurélio Lobão Lopes.

 





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