O prefeito eleito de Rondonópolis Cláudio Ferreira (PL) se diz preocupado com o orçamento que terá para trabalhar em 2025, antecipando que será necessário “enxugar a máquina” para fazer uma gestão eficiente.
Vamos ter um orçamento menor para o ano que vem. Isso é a primeira vez que acontece em mais de 10 anos. Essa é minha preocupação
É que o Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) do município prevê uma redução de recursos. Este ano a atual gestão trabalhou com R$ 2,27 bilhões em caixa, porém esse montante será reduzido para R$ 2,19 bilhões no ano que vem.
Em entrevista ao MidiaNews, o futuro gestor afirmou que esta queda no orçamento não ocorria há mais de uma década.
“Hoje a gente poderia dizer que estamos entrando no novo ciclo econômico e, pela primeira vez, existe uma estimativa orçamentária para o ano subsequente menor do que o ano anterior”, afirmou.
“Essa gestão já fez essa estimativa na LOA. Então provavelmente vamos ter um orçamento menor para o ano que vem. Isso é a primeira vez que acontece em mais de 10 anos. Essa é minha preocupação”, acrescentou.
Visando reduzir gastos para poder executar seus planos para Rondonópolis a partir do primeiro ano de gestão, Ferreira tem defendido a necessidade de uma reforma administrativa.
Segundo o eleito, a gestão atual trabalha de forma “antiquada” e, por isso, a modernização e digitalização dos serviços seria uma boa alternativa para fazer um trabalho mais transparente e eficiente.
“Acredito que às vezes dinheiro demais estraga. Com menos recursos você consegue fazer mais. Sou dessas pessoas. Toda vida toquei empresa, toquei firma e a gente sabe que você tem que fazer o melhor aproveitamento dos seus recursos, e acredito que estamos nesse caminho”.
Secretarias
Ferreira afirmou que não pensa em criar novas secretarias, mas sim otimizar as que já existem.
Em outubro Carlos Júnior, fundador do Colégio São Leão Magno, foi anunciado para a pasta da Educação. De acordo com Ferreira, ele deve comandar as secretarias de Cultura e Esporte também.
“O que a gente está fazendo é diminuindo algumas pastas. Tem algumas que podem ser conduzidas por apenas um secretário. Por exemplo: vamos deixar a Cultura e Esporte sendo dirigidas também pelo secretário de Educação. Acho que ele pode fazer isso, tem condições de fazer isso e acredito até que vamos ter uma sinergia maior”, disse.
“E não é porque você tem secretários nesses setores ou secretarias que você vai performar bem, que vai entregar. Na verdade se houver uma pessoa bem competente, ela pode tocar dois, três, quatro departamentos”, afirmou.
“Nós vamos enxugar. Até porque temos o indicativo de uma receita um pouco menor. Então temos que ser responsáveis e fazer um ajuste para conter as despesas e realmente conseguir fazer uma gestão bem eficiente”.
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