O governador Mauro Mendes (União) exonerou Onair Azevedo Nogueira do cargo de diretor do Hospital Regional de Cáceres (240 km de Cuiabá). A saída da função ocorreu depois que ele foi preso no âmbito da Operação Panaceia, deflagrada pela Polícia Federal. Recentemente, o prossional foi solto, mas é monitorado por tornozeleira eletrônica.
As informações constam no Diário Ocial do Estado (DOE). Ele vai ser substituído por Larissa Marques do Amaral Oliveira. Além do governador, assinou a portaria o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União).
Caroline Campos Dobes Conturbia Neves, ex-secretária adjunta de Unidades Especializadas da Secretaria de Estado de Saúde (SES), também foi alvo da ação policial. Os trabalhos foram deagrados no dia 6 de dezembro e investigam supostos crimes de fraude em licitação e associação criminosa que resultaram no desvio de recursos públicos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ao todo, os policiais cumpriram 15 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão temporária, além do afastamento de dois servidores públicos de suas funções. Também foi cumprida uma ordem judicial para o bloqueio de R$ 5,5 milhões.
Além da PF, as apurações contaram com a atuação da CGU, que promoveu auditoria e apontou irregularidades em contratações realizadas para o Hospital Regional de Cáceres. Antes mesmo da assinatura dos contratos, a Procuradoria Geral do Estado de Mato Grosso (PGE) emitiu parecer alertando as irregularidades aos servidores públicos envolvidos, mas as contratações prosseguiram normalmente.
A soma dos recursos federais destinados às empresas do grupo empresarial envolvido nas apurações totalizou cerca de R$ 55 milhões até agosto de 2024, com maior concentração no período de pandemia.