O prefeito eleito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) afirmou nesta quinta-feira (12) que pretende extinguir a Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) nos primeiros seis meses de gestão.
A gente vai romper com isso. Vamos tirar a gestão da Empresa Cuiabana de cima da Secretaria
A declaração foi dada durante uma vistoria no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), que é gerenciado pela empresa pública.
Segundo Abilio, a forma com que a ECSP gerencia o HMC e o Hospital São Benedito é prejudicial aos cofres da Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com o eleito, a empresa deixará um rombo de R$ 200 milhões para a próxima gestão.
“A gestão da forma que está, da Empresa Cuiabana gerenciando o HMC e o São Benedito, é prejudicial aos cofres da Secretaria de Saúde. Por quê? Porque nós temos ortopedistas, por exemplo, servidores efetivos da Secretaria de Saúde, que poderiam estar reforçando aqui e aumentando o número de procedimentos, mas não conseguem porque a Secretaria de Saúde não pode trabalhar no lugar onde é gerenciado pela empresa cuiabana”, afirmou.
“A gente vai romper com isso. Vamos tirar a gestão da Empresa Cuiabana de cima da Secretaria. A Empresa Cuiabana não vai mais administrar o HMC, não vai administrar o São Benedito, não vai administrar nenhum hospital. Vai tudo voltar para a Secretaria de Saúde”, acrescentou.
Conforme o eleito, até a completa extinção, a Empresa Cuiabana só vai administrar contratos que estão em andamento.
“Eu espero que em três, quatro, seis meses no máximo [a ECSP seja extinta]. A gente vai mandar para a Câmara de Vereadores a legislação que altera sua função já no começo da gestão, ou seja, ela não vai mais administrar os hospitais, quem vai administrar é própria Secretaria de Saúde. E os contratos com ela a gente vai ter que ir atuando com ela, até sua extinção, mas com o tempo dos contratos inspirando”, afirmou.
Dívida de R$ 200 milhões
Abilio afirmou que o objetivo da extinção da Empresa Cuiabana é reduzir os custos com contratos tercerizados.
“A Empresa Cuiabana está devendo R$ 200 milhões. Ela vai entregar pra gente com R$ 200 milhões de dívidas. Vai entregar com repasses dos médicos terceirizados atrasados desde outubro”, disse.
“A gente vai ter que sentar em janeiro com as empresas e renegociar essas dívidas que estão ficando desse mandato. Sem falar que aqui [HMC], por exemplo, tem R$ 70 milhões de dívida que nem empenhado foi ainda. Eles estão deixando um rombo pra gente da Empresa Cuiabana e um rombo da Secretaria de Saúde, que é de mais R$ 400 milhões”, encerrou.
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