O vereador Dilemário Alencar (União) defendeu que o ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), seja convocado para depor na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga a empresa CS Mobi, responsável pelo estacionamento rotativo na Capital.
Quem que é o chefe desse contrato? Quem que é o chefe do poder concedente desse serviço? Era o ex-prefeito Emanuel Pinheiro
A concessão de 30 anos com a empresa foi firmada por Emanuel. No entanto, ao assumir a gestão, o prefeito Abilio Brunini (PL) apontou irregularidades e falta de transparência no contrato, que levaram a abertura da CPI na Câmara Municipal.
Além de Emanuel, Dilemário afirmou que também quer chamar o ex-secretário de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Francisco Vuolo, para ser ouvido.
“Penso que é inevitável convocar tanto o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, bem como o prefeito. Por que o prefeito? Ele é o chefe do poder concedente”, disse ao MidiaNews.
“Foi feita uma concessão para essa empresa explorar um serviço público, que é o de cobrar estacionamento em via pública. Quem que é o chefe desse contrato? Quem que é o chefe do poder concedente desse serviço? Era o ex-prefeito Emanuel Pinheiro. Então vejo como inevitável também, na hora correta, convocá-lo”, acrescentou.
Apesar de defender a convocação, Dilemário, que é relator da CPI, afirmou que ainda não discutiu o assunto com os outros membros da comissão.
Segundo ele, a CPI tem 90 dias para ser concluída e até lá os vereadores chamarão outras testemunhas e pessoas que participaram da elaboração e gestão do contrato. A estratégia é chamar de duas a três pessoas por vez.
Já foram ouvidos os servidor municipais Clóvis de Oliveira (Fazenda) e Delvan Rosa Parreira Junior (Agricultura) e o ex-procurador-geral do Município, Benedicto Miguel Calix.
Os próximos convocados serão o diretor-presidente da Arsec (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá), Vanderlúcio Rodrigues, e a ex-procuradora-chefe da Procuradoria de Contratos e Patrimônio de Cuiabá, Jussara Helena Amorim Jesus.
“Na terça-feira a gente vai definir mais um nome”, disse.
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