Uma vizinha que mora ao lado da casa onde a adolescente gestante E.A.S., de 16 anos, foi assassinada e teve seu bebê retirado do ventre, na quarta-feira (12), no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, disse que não ouviu gritos ou sons suspeitos no dia do crime.
Não vi movimentação estranha durante o dia e não ouvi nenhum barulho estranho
O corpo de E.A.S. foi encontrado na manhã desta quinta-feira (13), enterrado no quintal da casa da suspeita Nataly Helen Martins Pereira, que foi presa na quarta à noite, junto de seu companheiro, Christian Albino Cebalho de Arruda.
O casal foi detido no Hospital Santa Helena, quando levou a bebê de E.A.S. para registro de nascido vivo, alegando serem pais da criança. Entretanto, a médica que os atendeu constatou por meio de exames que Nataly não tinha sinais de gestação recente.
Christian e outros dois homens que também foram presos – Cícero Junior, Aledson Junior – foram soltos na noite de quinta.
“Gritos eu não ouvi. Só cachorros latindo o dia inteiro aqui na casa deles. Não vi movimentação estranha durante o dia e não ouvi nenhum barulho estranho”, disse a vizinha em entrevista à reportagem.
“Eu moro aqui faz muito tempo. Quando era criança, eu tinha contato [com eles]. Ontem [quarta-feira] eu só ouvi a voz do Juninho [Cícero Júnior], o irmão da Nataly. Era de noite, eu não lembro o horário”, completou.
A suposta gravidez
A vizinha disse que sabia do boato de que Nataly estaria gestante. A notícia, segundo alguns moradores da rua, era de conhecimento de várias pessoas, pois a própria Nataly contava.
“Algumas pessoas que tinham mais contato com ela falaram que ela estava gestante. Uma vizinha aqui também falou, mas eu não sabia, porque não falava com ela”, informou a mulher.
