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“Sempre agiu como se estivesse grávida”, diz irmã de assassina

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A garçonete J.A.M.P., de 27 anos, afirmou que não sabia que a gravidez da irmã, a bombeira civil Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, era falsa, e chegou a mencionar durante o seu depoimento um suposto aborto que teve e uma “nova” gravidez.

Nataly deu a notícia que estava grávida em meados do ano de 2024 e que desde então se comportava como tal

 
Nataly confessou o assassinato da adolescente grávida E.A.S., de 16 anos. A vítima foi morta para ter o seu bebê roubado, e depois foi enterrada em uma cova rasa em uma residência do Bairro Jardim Florianópolis, na última quarta-feira (12).
 
“A declarante afirma que não tinha conhecimento sobre a ‘falsa gravidez da irmã’; que a declarante quer consignar que Nataly deu a notícia que estava grávida em meados do ano de 2024 e que desde então se comportava como tal; que a Nataly sempre agiu como se estivesse grávida, inclusive postava fotos da barriga e que também realizou chá revelação”, diz trecho do depoimento.
 
J.A.M.P. afirmou que a irmã e o cunhado, Cristian Albino Cebalho de Arruda, que foi preso por suspeita de envolvimento no caso e, depois, liberado “estão juntos desde maio do ano 2024 e aparentemente possuem uma boa relação”.

 
Segundo ela, Nataly já é mãe de três meninos e essa seria sua primeira gestação de menina e, quando soube da gravidez por meio de um teste de farmácia, Nataly ficou muito “desesperada porque não esperava” pela gestação. Ela teria feito um suposto exame de gravidez no Laboratório Sabin Carlos Chagas de resultado “<168,4 mUI/ML”.
 
Uma cunhada de Nataly já havia afirmado que soube que ela tinha passado por laqueadura e, mesmo assim, surgiu com a informação de que estava grávida.  
 
“Que sempre acreditou na gravidez da irmã e que comprou bolsas e roupinhas para a sobrinha que iria nascer e que a previsão do parto era até o final do mês de março; que a declarante informa que não se recorda a data e nem se foi antes ou depois desse exame houve uma situação em que a Nataly estava em casa e que teria passado mal e tido um aborto espontâneo e que novamente apareceu grávida; que a Nataly sempre se comportou como grávida e mandava muitas fotos de ultrassons, peso e tamanho”, diz trecho de depoimento a irmã.

Reclamava de dores e que a barriga estava dura e que estava com contração

 
Em seu depoimento, J.A.M.P. disse desconhecer a dinâmica do parto e afirmou que ela e a mãe acreditavam que Nataly estivesse no Hospital Júlio Muller com dilatação e, depois, teria sido transferida para o Hospital Santa Helena.
 
Nataly, no entanto, chegou ao Santa Helena com a bebê de E.A.S., dizendo que deu à luz em casa e queria registrá-la como sua.
 
Na madrugada de quarta-feira (12), às 3h52, horas antes do crime acontecer, J.A.M.P. recebeu uma mensagem da irmã em que ela “reclamava de dores e que a barriga estava dura e que estava com contração”.
 
Na manhã daquele dia, por volta das 9h30, J.A.M.P., recebeu uma nova mensagem em que a irmã pedia R$ 15 emprestado. Ela se recusou, dizendo que “não tinha nem para a gasolina”.
 
Durante o resto do dia, ela não teve mais notícias da irmã e, somente no período da noite, recebeu uma foto do cunhado com a criança no colo.
 
J.A.M.P disse que não se preocupou porque não sabia dessa “estória de parto normal e quando viu a foto da criança já estavam no ambiente de Hospital, inclusive recebeu uma ligação por vídeo da Nataly amamentando a criança”, diz trecho do documento.
 
Na madrugada do dia 13, por volta das 4h J.A.M.P recebeu uma ligação da cunhada da irmã, avisando que estavam na Central de Flagrantes sob a suspeita de Nataly não ser a mãe da bebê. Ela disse ter pensado: “Mas como gente, ela não estava no hospital?”.
 
Segundo a irmã, Nataly estava desempregada e fez Faculdade de Enfermagem, porém trancou e não concluiu o curso.
 
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