O governador Mauro Mendes afirmou nesta quinta-feira (20) que o União Brasil, sigla da qual é presidente regional, deve assumir a liderança da federação com o Progressistas no Estado, caso a aliança entre as duas siglas se concretize. E não descartou ser ele o presidente do grupo.
Nesta semana, lideranças do PP se reuniram em Brasília e aprovaram a continuidade das negociações para formar uma federação. O acordo, no entanto, ainda precisa ser avaliado pelo União.
É aquela velha história: ‘Prego batido, ponta virada’. Só depois do contrato assinado, homologado nas convenções nacionais
“Pelo desenho inicial aqui no Estado de Mato Grosso, por ter um governador, ter um senador, ter deputados federais, a maior bancada estadual, um partido que tem uma presença política dentro dos quadros disponíveis hoje maior do que o PP… E na construção desse acordo ficou que nós teríamos aqui essa prorrogativa”, disse Mendes ao ser questionado se será o presidente da federação no Estado.
Para o governador, a federação entre União Brasil e PP, se confirmada, será um marco na política brasileira, por unir duas siglas “gigantes”, ao contrário das alianças anteriores, que costumam reunir partidos pequenos e médios. No entanto, preferiu a cautela.
“É algo que, embora esteja num estágio avançado… É aquela velha história: ‘Prego batido, ponta virada’ só depois do contrato assinado e homologado nas convenções nacionais”, disse.
“Os líderes estão caminhando nessa direção, mas poderá haver algum nível de mudança nesse cenário porque isso passa pela aprovação das nacionais de todos os partidos do Congresso Nacional”, completou.
O que são federações?
As federações partidárias foram introduzidas na legislação eleitoral brasileira em 2021.
Diferente das coligações, que funcionavam apenas durante o período eleitoral, as federações exigem que os partidos atuem como uma só legenda por pelo menos quatro anos, compartilhando decisões e alinhando suas diretrizes em todo o território nacional.
Deste modo, se definido pela Federação União x PP, as siglas deverão andar juntas nas eleições de 2026 – que elegerá presidente, governador, deputados federais e estaduais e senadores, e nas eleições municipais de 2028.
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