O senador Wellington Fagundes (PL) reafirmou sua postura de oposição ao governo federal e destacou a importância da aprovação urgente do Projeto de Lei da Anistia, já com mais de 250 assinaturas na Câmara dos Deputados.
A declaração foi feita durante a solenidade de abertura da Norte Show, uma das maiores feiras de agronegócio do país, realizada nesta segunda-feira (14), em Sinop.
“Mesmo com o apoio expressivo no Congresso Nacional, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta, tem enfrentado forte pressão do judiciário para não colocar a proposta em votação”, alertou o senador.
Fagundes também enalteceu o trabalho de sua suplente, Rosana Martinelli (PL-MT), que foi alvo de medidas do STF. “A Rosana teve o passaporte retido e as contas bloqueadas, mesmo sem estar em Brasília no dia 8 de janeiro. Ela só recuperou seus direitos após assumir a cadeira no Senado. Tudo isso porque subiu num palanque aqui em Sinop”, relembrou.
Outro caso citado por Wellington foi o da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, condenada a 14 anos de prisão por escrever com batom em uma estátua. “São exemplos de punições desproporcionais, que reforçam a necessidade da aprovação da Anistia como reparação de injustiças”, defendeu.
Em sua fala, o senador também prestou solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro, internado em Brasília após nova cirurgia no abdômen, em decorrência do atentado que sofreu em 2018. “Ele é um símbolo de resistência. No domingo, participei de um culto na Assembleia de Deus aqui em Sinop e me deparei com muitas pessoas orando por sua recuperação. Tenho certeza de que tão logo, Bolsonaro continuará percorrendo o país na luta pela democracia”, afirmou Wellington.
O senador ainda agradeceu ao governador Mauro Mendes (União) pela participação nas manifestações públicas a favor do PL da Anistia realizadas em São Paulo e no Rio de Janeiro e no final de seu discurso, criticou a forma como o governo Lula vem conduzindo o orçamento e a reforma tributária.
“Até semana passada, o Brasil ainda não tinha um orçamento definido. Isso era conveniente para o presidente, que poderia gastar como bem entendesse. E agora querem regulamentar uma reforma tributária que votamos contra, pois ela é prejudicial ao país e ainda mais a Mato Grosso”, disse.
Segundo o senador, o novo sistema de arrecadação penaliza estados com alta produção e exportação, mas com população menor, como é o caso de Mato Grosso.
“A proposta concentra os tributos no consumo e isso pode gerar perdas significativas de arrecadação. Vamos continuar vigilantes e combativos para defender os interesses do nosso estado”, concluiu.