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Trump diz estar confiante em acordo com UE e afirma conversas com China

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O presidente Donald Trump afirmou nesta quinta-feira (17) estar confiante de que chegará a um acordo com a União Europeia e com a China a respeito da imposição de tarifas. A declaração foi dada diante da primeira-ministra da Itália, Georgia Meloni, na Casa Branca.
 
Mais tarde, o republicano disse que os chineses procuraram o governo americano depois de os EUA aplicarem tarifas retaliatórias de 145% e que mantém contato com Pequim, sem dizer se conversou ou não com o líder chinês, Xi Jinping. Trump ainda externou a expectativa de fazer um acordo com o país asiático entre três a quatro semanas e sugeriu estar aberto a reduzir as taxas impostas.
 
O presidente americano repetiu que tem conversado com diversos países e contou que se reuniu com negociadores japoneses na quarta (16).
 
Nesta quinta, Trump recebeu Georgia Meloni, considerada sua aliada, em almoço para uma reunião bilateral. Trata-se da primeira europeia a visitar a Casa Branca depois de o republicano anunciar um tarifaço a todos os países.

 
Questionado diante da premiê se poderia costurar um acordo com o bloco europeu, foi categórico. “Ah, haverá um acordo comercial, 100%. Por que você acha que não haverá? Claro que haverá um acordo comercial, com certeza. Eles querem muito fazer um acordo. E nós vamos fazer um acordo comercial. Eu espero isso plenamente. E será um acordo justo”, disse Trump.
 
O presidente americano acrescentou que não tem pressa para chegar a um desfecho e que isso ocorrerá em “algum momento”. Meloni reforçou a opinião de Trump. “Tenho certeza de que podemos fazer um acordo, e estou aqui para ajudar nisso. Não posso fechar este acordo em nome da União Europeia. Meu objetivo seria convidar o Presidente Trump para uma visita oficial à Itália e entender se há possibilidade de organizar também uma reunião com a Europa”, disse a primeira-ministra italiana.
 
Depois do encontro, ambos falaram novamente com a imprensa no Salão Oval, mas não anunciaram ter chegado a um trato. No lugar, Meloni anunciou que Trump aceitou seu convite para visitar a Itália e eventualmente um encontro com representantes da União Europeia.
 
“O presidente Trump aceitou um convite para fazer uma visita oficial a Roma em um futuro próximo e concebeu a possibilidade de, nesse local, encontrar-se também com a Europa. O objetivo para mim é tornar o Ocidente grande novamente, e acho que podemos fazer isso juntos”, disse a premiê.
 
Considerada uma aliada por Trump, Meloni serve como uma interlocutora da União Europeia nas negociações sobre as tarifas recíprocas. O presidente impôs uma sobretaxa de 20% ao bloco. Essa alíquota foi pausada e substituída por uma de 10% durante 90 dias enquanto o governo americano negocia com os países.
 
A redução levou a União Europeia, que havia anunciado tarifas retaliatórias aos EUA, a pausar sua investida pelo menos até 14 de julho. Trump diz estar confiante que vai costurar um acordo até essa data.
 
Nesta quarta (16), o presidente relatou ter se encontrado com negociadores de alto nível do Japão.
 
O republicano também voltou a falar que acredita num acordo com a China, cujas tarifas aplicadas pelos EUA já somam a 145% -os produtos podem ser taxados em até 245% graças ao acúmulo de alíquotas.
 
No final da tarde desta quinta, ao assinar decretos no Salão Oval, Trump disse que os chineses haviam buscado os EUA, sem dar detalhes de quem ou como, e que o governo está em conversas com Pequim. Ele, então, ressaltou reafirmou a confiança num acordo e disse que não pretende ampliar as taxas aos produtos do país. Pelo contrário, comentou que as tarifas podem diminuir. “Talvez eu queira reduzir porque, sabe, você quer que as pessoas comprem.”
 
“Eu acredito que nas próximas três a quatro semanas [podemos chegar a um acordo]”, disse. “Temos uma grande e bela loja e todos querem um pedaço dessa loja”, continuou. Os EUA conversam com a China também sobre uma negociação a respeito da venda do tiktok no país americano. Segundo Trump, essa negociação ficará pausada até que se resolva o acordo das tarifas.
 
Presente no Salão Oval, o secretário do Comércio, Howard Lutnik, elogiou Trump por “forçar” todos os países a negociar com os EUA. O presidente e seus assessores dizem que mais e 60 nações já o procuraram, mas ainda não fecharam nenhum trato nem revelaram quem seriam as autoridades estrangeiras com as quais conversam.
 
Antes de viajar a Washington, Meloni afirmou a líderes empresariais que apoia uma proposta da Comissão Europeia para zerar as tarifas entre Estados Unidos e o bloco e que faria esta proposta em Washington.
 
Na segunda-feira (14), uma porta-voz da presidente da comissão europeia afirmou a jornais que a primeira-ministra italiana está autorizada a negociar em seu nome.
 
“A Presidente da Comissão Europeia e a Primeira-Ministra italiana estão em contato regular; a intenção de Meloni de explicar a posição europeia em Washington é vista de forma muito positiva e foi coordenada de perto com a Comissão”, afirmou o porta-voz.
 
Trump e a primeira-ministra também conversaram sobre defesa, transporte marítimo e o papel da Itália no Corredor Econômico Índia, Oriente Médio e Europa (Imec, na sigla em inglês).
 
A Itália está entre os países os quais o republicano reclama de colaborarem pouco com recursos à Otan, aliança pela defesa do Ocidente.
 
A Otan tem 31 países membros e, segundo o governo americano colabora com 1,49% do PIB ao grupo, inferior aos 2% com os quais as nações estão comprometidas. Trump tem reclamado que os Estados Unidos colaboram com valores desproporcionais aos demais membros.



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