O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), disse acreditar que a Câmara Municipal deveria abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o contrato feito entre a Prefeitura e a empresa CS Mobi, responsável pelo sistema de estacionamento rotativo na região central da Capital.
Ou há um rompimento colaborativo entre as duas partes, onde a CS Mobi e a gente entre em um acordo de rompimento, ou vamos judicializar
O motivo seria um empréstimo contraído pela CS Mobi no final de 2024, utilizando a Prefeitura como fiadora.
De acordo com Abilio, a Procuradoria Geral do Município não deu um parecer, levando a empresa a contratar um particular. Além disso, o empréstimo não passou pelo Legislativo municipal.
“Eu acredito que a Câmara deveria abrir uma CPI. Mas isso cabe ao parlamento, se eles tem interesse nisso”, disse.
Segundo o prefeito, se a empresa não consegue receber um valor determinado das receitas do estacionamento, há um valor fixado em contrato como mínimo e a diferença é paga pela Prefeitura.
“O município tem que pagar para eles a diferença do estacionamento que não é usado. Ou seja, todos os estacionamentos a CS Mobi vai receber, se tiver com o carro lá ela recebe do ‘cara’, e se tiver vazio, a Prefeitura está pagando por ele. Isso é altamente inviável para o município”.
Rompimento
Na última semana, Abilio se encontrou com representantes da empresa e anunciou o desejo de romper o contrato.
“Eu já apresentei o desejo de romper esse contrato e a empresa que escolha uma alternativa. Ou há um rompimento colaborativo entre as duas partes, onde a CS Mobi e a gente entre em um acordo de rompimento, ou vamos judicializar”, disse.
“Vamos buscar uma solução que não penalize mais o munícipe e os cofres do município”, completou.
O estacionamento rotativo pago passou a valer em novembro de 2023, mas ficou em período de orientação até fevereiro de 2024, passando a ser cobrado somente a partir disso.
O contrato com a CS Mobi é para gerenciar o estacionamento e o Mercado Municipal , quando ficar pronto, por 30 anos. Já são dois anos de contrato e segundo Abilio só foram pagas à Prefeitura cinco parcelas. Em 2024 foi pago janeiro e o resto do ano inteiro não foi pago.
“A empresa diz que ela pegava o dinheiro que arrecadava do estacionamento e mandava para a Prefeitura, a Prefeitura pegava o dinheiro e usava em outras coisas e não pagava a empresa pelo serviço que ela estava prestando”, encerrou.
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