Uma das principais lideranças do União Brasil em Mato Grosso, o deputado estadual Eduardo Botelho (União) disse ser favorável a uma possível federação do partido com o Progressistas (PP).
Vejo como muito positivo para nós. Vamos fazer uma chapa aqui para eleger sete ou oito deputados estaduais
Na noite de terça-feira (18), lideranças do PP se reuniram em Brasília e aprovaram a continuidade das negociações para formar a federação com o União, que agora vai deliberar sobre o tema.
Botelho, que buscará a reeleição em 2026, afirmou que a nova configuração partidária permitirá a montagem de uma chapa competitiva para a Assembleia Legislativa.
“Vejo como muito positivo para nós. Gostaria que fosse também com o Republicanos, acho que ficaria melhor para nós dentro do Estado. Mas ficou com o PP e já está de bom tamanho. Vamos fazer uma chapa aqui para eleger sete ou oito deputados estaduais”, afirmou.
Botelho argumentou que no pleito do ano que vem deverá haver uma redução no número de candidatos por conta de outras federações que estão sendo fechadas. Isso fará com que o União e PP juntos façam, no mínimo, seis cadeiras no Legislativo, diz.
“Serão 27 vagas. Vários partidos vão ter federações. O PDT, o PSB e outros estão fazendo uma federação. Outros vão ser incorporados e, por isso, vai diminuir o número de candidatos e provavelmente conseguiremos fazer acima de seis cadeiras”, disse.
Impactos na majoritária
Questionado sobre possíveis impactos da federação na disputa para o Governo do Estado, Botelho negou que a decisão influencie diretamente a discussão.
Hoje, o candidato do governador Mauro Mendes (União) à sua sucessão é seu vice, Otaviano Pivetta (Republicanos).
Para Botelho, a formação da aliança para o Executivo dependerá de um arranjo político mais amplo.
“Não, a discussão majoritária é outra discussão. Isso aí envolve a liderança, envolve os candidatos, envolve uma coligação ampla de partidos para eleger um próximo governador”, disse.
O que são federações?
As federações partidárias foram introduzidas na legislação eleitoral brasileira em 2021.
Diferente das coligações, que funcionavam apenas durante o período eleitoral, as federações exigem que os partidos atuem como uma só legenda por pelo menos quatro anos, compartilhando decisões e alinhando suas diretrizes em todo o território nacional.
Deste modo, se definido pela Federação União x PP, as siglas deverão andar juntas nas eleições de 2026 – que elegerá presidente, governador, deputados federais e estaduais e senadores, e nas eleições municipais de 2028.
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