O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), afirmou que considera “desnecessária” a instalação de câmeras nas fardas dos policiais em Mato Grosso.
Não sou favorável a essa instalação, principalmente porque nós temos uma polícia diferenciada
A medida funciona em algumas cidades do país e já foi discutida pela Assembleia no Estado após o deputado estadual Wilson Santos (PSD) elaborar um Projeto de Lei sobre o tema.
O assunto voltou a ser debatido após repercussão nacional envolvendo excessos de militares em São Paulo que foram flagrados pelo equipamento nas fardas. No entanto, Botelho disse acreditar que não é uma medida para a Polícia de Mato Grosso.
“Não sou favorável a essa instalação, principalmente porque nós temos uma polícia diferenciada. Nós não temos denúncia de polícia invadindo casa de ninguém, denúncia de policiais formando milícias nos bairros”, afirmou em entrevista à rádio CBN.
“Existem alguns desvios pontuais, mas a nossa polícia tem dado resultado, acabamos com o [Novo] Cangaço, que era histórico em Mato Grosso. […] Então, nós não temos uma Polícia que tenha essa necessidade nesse momento. Acho desnecessário”, disse.
O governador Mauro Mendes (União) também se mostrou contrário à instalação das câmeras corporais também por acreditar que não era certo criar um sistema de vigilância em toda a corporação quando apenas alguns cometem crimes.
Segundo Botelho, além da confiança no trabalho da Polícia, ele alega que a tecnologia é desnecessária por já haver câmeras de monitoramento nos municípios do Estado. Para ele, este projeto deve voltar a discussão no futuro.
“Nós já estamos vivendo em um mundo de Big Brother, todo lugar que você vai tem uma câmera. O Governo de Mato Grosso mesmo está fazendo esse programa do Vigia Mais, tem câmera para todos os lados”.
