O deputado estadual Eduardo Botelho (União) disse acreditar que as negociações entre o Governo do Estado e o Consórcio BRT estão “caminhando para o entendimento”.
O governo está caminhando para se entender com o consórcio, para que ele termine a parte que já estava lá e que já começaram, e que libere a outra parte
As obras do BRT estão paralisadas desde o dia 5 de fevereiro, quando o governador Mauro Mendes (União) notificou o consórcio após decidir pela rescisão do contrato.
Promessa de Mendes, a conclusão da obra até o fim do mandato do governador virou uma incógnita por causa dos problemas no andamento do projeto. Apesar disso, Botelho crê que o modal será concluído ainda em 2026.
“Acho que está caminhando para o entendimento. O Governo está caminhando para se entender com o consórcio, para que ele termine a parte que já estava lá e que já começou, e que libere a outra parte para contratar outra empresa”, afirmou o deputado.
“Confio nisso, tenho certeza que o BRT vai ser entregue no ano que vem”, completou.
O consócio responsável pela obra é formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A., Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda.
O rompimento do contrato, segundo Mendes, foi por conta da baixa performance e atrasos recorrentes nas obras.
Segundo Botelho, por esse descumprimento do contrato firmado com o Estado, existe a possibilidade do consórcio pagar uma multa referente ao atraso das obras. No entanto, o deputado alegou que está não é a prioridade do Governo.
“A multa está sendo discutida, evidentemente, entre o governo e o consórcio, porque o mais importante agora é chegar em uma rescisão amigável e liberar para que ele possa contratar outras empresas e terminar esse BRT, que realmente é tão necessário para o transporte público da Baixada Cuiabana”, disse.
Comparação com o VLT
Em meio às críticas que o atraso para conclusão do BRT, algumas pessoas têm comparado o imbróglio ao que ocorreu durante a tentativa de implementação do VLT (Veículo Leve sob Trilhos) na Capital.
A obra foi prometida para ser entregue na Copa do Mundo de 2014, que Cuiabá foi sede. Porém, acabou sendo abandonada por mais de 10 anos e se transformou em um símbolo de corrupção em Mato Grosso.
O projeto bilionário do VLT foi enterrado por Mendes, em 2020, por ser mais caro e estar envolvido com propina desde a gestão de Silval Barbosa.
Ao ser questionado, Botelho rechaçou a comparação do BRT com o antigo modal.
“Nada a ver a questão do BRT com o VLT. Quem fala que é o novo VLT está mentindo. O VLT começou com corrupção, teve corrupção o tempo todo. O BRT não, está sendo feito com seriedade. Eu tenho certeza que vai ser entregue pra população”.
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