A deputada federal Gisela Simona (União) afirmou que classificar facções criminosas como grupos terrorista é uma alternativa para combater a ascensão do crime organizado no país.
Essa questão de grupo terrorista, você tendo uma definição clara do que é, sem nenhum problema. Acho que pode ser uma das alternativas para diminuir
A discussão foi pauta nacional após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar uma ordem executiva na qual classifica cartéis de drogas, sem especificar quais, como organizações terroristas estrangeiras.
Alguns políticos em Brasília começaram a defender que o mesmo fosse feito no Brasil, já que os cartéis de drogas se assemelham às organizações criminosas que atuam no país.
“Essa questão de grupo terrorista, você tendo uma definição clara do que é, sem nenhum problema. Acho que pode ser uma das alternativas para diminuir”, afirmou em entrevista à rádio Jovem Pan.
Apesar de ver uma nova classificação como alternativa, a deputada reiterou que não vê essa sendo a única solução para frear as facções, que ganham cada vez mais força no Brasil.
Gisela afirmou que a Câmara Federal tem trabalhado para endurecer as penas contra criminosos para acabar com o sentimento de impunidade que, segundo ela, ainda ocorre no país.
“A gente tem sido bastante [firme] nas nossas votações em Brasília, no que se refere a aumento de pena, a transformação do nosso Código Penal, a ser contra a saidinha dos presos, acabar com a progressão do regime e outras situações que dão esse sentimento de impunidade no Brasil”, disse.
Mato Grosso
Ao ser questionada sobre o veto do governador Mauro Mendes (União) ao funcionamento dos chamados “mercadinhos” em presídios do Estado, Gisela se mostrou a favor da proibição.
“Me assustei quando vi a Assembleia aprovando isso. Agora o nosso governador vetou e espero que a Assembleia Legislativa mantenha o veto”, disse.
“É o mínimo que nós precisamos para realmente termos tolerância zero. É muito fácil você muitas vezes criticar quem está na gestão, mas os enfrentamentos não são feitos por uma única pessoa […]. Se Mato Grosso quer de fato dar um freio nas facções, essa união entre os Poderes é necessária”.