Ex-secretário de Assistência Social de Várzea Grande, o bispo Gustavo Henrique Duarte é dono da Igreja Batista Global, localizada no centro da cidade, segundo investigações da Polícia Judiciária Civil.
Ele foi alvo de busca e apreensão e teve os celulares apreendidos por supostos crimes eleitorais e contra a honra do governador Mauro Mendes (União) nas eleições de 2022.
Ocorre que, durante o cumprimento do mandado, ele foi preso em flagrante por desacatar os agentes da PF e teve que assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
Em um relatório preliminar feito a seu respeito, consta que Gustavo é dono da igreja, e tem mais dois CNPJs ligado ao seu nome.
Um deles é a presidência da Associação de Ministros e Intercessores de Várzea Grande e o outro é da Global (nome fantasia), uma micro empresa, com capital de R$ 5 mil, que tem como função “edição de cadastros, listas e de outros produtos gráficos”.
O documento da PJC trata de uma investigação preliminar que culminou na Operação Fake News, deflagrada nesta sexta-feira (14), pela PF.
Os trabalhos tiveram início no âmbito estadual, mas foram levados a Justiça Eleitoral a pedido do juízo da primeira instância do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Trecho do inquérito:
Operação Fake News
Os policiais cumprem três mandados de busca e apreensão expedidos pelo Núcleo Regional Eleitoral das Garantias I, do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso.
Gustavo atribuiu a operação a um vídeo gravado em 2022, no qual questionava o governador Mauro Mendes, com tom irônico, que ele teria ido a um evento no Resort Malai Manso, em Chapada dos Guimarães, de avião e não de carro.
Conforme apurado pela investigação, houve a produção e divulgação de vídeos com informações inverídicas e caluniosas durante a campanha.
Na operação desta sexta-feira, a PF apreendeu celulares e outros elementos de interesse para a investigação.
A Prefeitura de Várzea Grande emitiu nota afirmando exonerou Gustavo do cargo para que ele “possa ter condições de se defender de forma imparcial e isenta, junto à Polícia Federal”.
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