A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), descartou a tradicional meta dos 100 dias na política e afirmou que precisará de pelo menos um ano para “colocar a casa em ordem”.
Algumas pessoas falam que os primeiros 100 dias são tudo. E eu falo que em Várzea Grande o primeiro ano é tudo
Em entrevista ao Conexão Poder, a prefeita disse que tinha consciência que de o município precisava de uma nova gestão. No entanto, foi apenas ao assumir o comando da Prefeitura que percebeu que 100 dias não seriam suficientes.
“Algumas pessoas falam que os primeiros 100 dias são tudo. E eu falo que em Várzea Grande o primeiro ano é tudo, porque não tem como em 100 dias pegar um município que não tem CBUQ [asfalto usinado a quente] para poder colocar nos asfaltos, porque não tenho mais cota de compra”, afirmou.
“Me deixaram com os contratos esgotados. […] Então, tem quase um ano ai para colocar a casa em ordem. A visão que tenho hoje como gestora pública é que vamos mudar, fazer acontecer, mas não é igual um conto de fadas, que vai tudo ser lindo e maravilhoso”, acrescentou.
Flávia ainda admitiu que tem sido cobrada pela população para cumprir as promessas de campanha. Porém, afirmou que precisa seguir o rito da gestão pública, que não permite uma mudança rápida em todos os setores.
A prefeita citou, ainda, que a dificuldade também ocorre pela forma que a Prefeitura foi deixada pela gestão de Kalil Baracat (MDB).
“Todo mundo quer que eu asfalte, arrume buraco nos bairros, mas para chegar o asfalto nesses bairros tenho que fazer o projeto, licitar, buscar recurso se não tiver no caixa e eu não tenho, porque o recurso que temos é praticamente para pagar a folha. E olha que diminuí os funcionários. Estou com 9 mil funcionários e tinha 15 mil na gestão passada”, disse.
“Eu sabia que era assim, mas a população não entende. Acha que eu chegaria e iria desligar todos os radares, mudar toda frota do ônibus, mandar recapear a cidade inteira. Não é assim, não posso fazer assim”, completou.
Veja a entrevista: