Início INTERNACIONAL Guantánamo: o que se sabe sobre decisão de Trump para deter 30...

Guantánamo: o que se sabe sobre decisão de Trump para deter 30 mil imigrantes na base em Cuba

4
0



Crédito, Getty ImagesLegenda da foto, ‘Temos 30 mil camas em Guantánamo para deter os piores criminosos estrangeiros ilegais que ameaçam os americanos, disse TrumpHá 31 minutosO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (29/01) uma ordem executiva para expandir um centro de detenção na Base Naval de Guantánamo, onde pretende manter imigrantes considerados “criminosos de alta prioridade”.Trump anunciou que o novo espaço será utilizado para deter até 30 mil imigrantes sem documentos e que supostamente representam uma ameaça à sociedade.O presidente assinou a ordem executiva após um evento na Casa Branca em que assinou a sua primeira legislação como presidente em seu segundo mandato, a lei Laken Riley, que facilitará a prisão e deportação de imigrantes sem documentos acusados ​​de delitos menores.A base de Guantánamo, em território cubano sob arrendamento perpétuo aos Estados Unidos desde 1903, é conhecida por ter recebido imigrantes da crise dos balseiros cubanos de 1994 e acusados de terrorismo após os ataques de 11 de setembro de 2001.Crédito, Getty ImagesLegenda da foto, Guantánamo foi usada na década de 1990 para prender migrantes haitianos e cubanos interceptados no mar”Temos 30 mil camas em Guantánamo para deter os piores criminosos estrangeiros ilegais que ameaçam os americanos”, disse Trump.E acrescentou: “Alguns deles são tão maus que nem confiamos nos [outros] países para os deter, porque não queremos que voltem. Por isso, vamos mandá-los para Guantánamo”.O presidente dos EUA ordenou aos secretários de Defesa e Segurança Interna que tomassem “todas as medidas apropriadas” para expandir o Centro de Operações Migratórias da Estação Naval da Baía de Guantánamo à sua capacidade máxima.Isto, argumentou Trump, aumentaria o espaço de detenção para incluir “estrangeiros criminosos de alta prioridade”.”É um lugar difícil de sair”, enfatizou.Crédito, Getty ImagesLegenda da foto, Miguel Díaz-Canel e Bruno Rodríguez Parrilla, do governo cubano, chamaram presença americana em Guantánamo de ‘ocupação ilegal'”(…) Novo governo dos EUA anuncia o encarceramento na Base Naval de Guantánamo, situada em território cubano ocupado ilegalmente, de milhares de migrantes que expulsa à força, os quais colocará junto às conhecidas prisões com tortura e detenção ilegal”, escreveu Díaz-Canel em suas redes sociais. O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, também reagiu, afirmando que o anúncio de Trump “mostra desprezo pela condição humana e pelo direito internacional”.Rodríguez endossou que a base está localizada “em território cubano ocupado ilegalmente”.O que é a Base de GuantánamoCrédito, Getty ImagesLegenda da foto, Vista aérea de Guantánamo em 1979; área foi arrendada de forma perpétua aos EUA após Guerra Hispano-AmericanaLocalizada no sudeste de Cuba, numa área terrestre de 117 km², a Base Naval da Baía de Guantánamo é um território sob jurisdição dos Estados Unidos desde 1903, quando Washington obteve o seu arrendamento perpétuo após a Guerra Hispano-Americana.A presença americana ali tem sido fonte de tensão entre Washington e Havana desde a Revolução Cubana de 1959, quando o governo de Fidel Castro começou a exigir a sua devolução, considerando que o arrendamento foi imposto sob coerção e seria inválido perante o direito internacional.Embora originalmente utilizada como porto estratégico e centro logístico militar dos EUA, Guantánamo tem sido palco de diversas operações controversas ao longo da sua história.Na década de 1990, serviu como centro de detenção para migrantes haitianos e cubanos interceptados no mar — muitos dos quais foram mantidos em condições precárias antes de serem deportados ou reassentados em outros países.A partir de 2002, a base foi objeto de maior atenção mundial quando se tornou centro de detenção de prisioneiros acusados de terrorismo na chamada “guerra ao terror” promovida pelo governo de George W. Bush após o 11 de setembro.



FONTE

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui