O deputado estadual Júlio Campos (União) admitiu a possibilidade de deixar o União Brasil caso não haja espaço para o seu grupo disputar pelo menos uma vaga majoritária na eleição de 2026.
Se não tiver espaço para mim e meu grupo político termos uma majoritária em 2026 só tem um caminho para nós
A declaração foi feita após ele ser questionado pela imprensa enquanto falava sobre as mudanças que poderiam ocorrer até as eleições.
“Posso [deixar], por que não? Eu sou fundador do PDS, PFL, Democrata e agora União Brasil. Mas também, se não tiver espaço para mim e meu grupo político termos uma majoritária em 2026 só tem um caminho para nós”, afirmou.
Dentro do União Brasil, Júlio forma um grupo com os deputados estaduais Eduardo Botelho, Dilmar Dal’Bosco e com o senador Jayme Campos.
Eles têm defendido que o partido lance uma candidatura própria para disputar a sucessão do governador Mauro Mendes, que é presidente estadual da sigla. No entanto, Mendes já firmou compromisso em apoiar a candidatura do atual vice, Otaviano Pivetta (Republicanos).
Jayme, que tem feito falas expressando interesse em se candidatar para governador, corre o risco de ficar sem espaço caso esse cenário se concretize no próximo ano.
Segundo Júlio, é um consenso em seu grupo que eles podem sair do União. No entanto, ao ser questionado se está insatisfeito com o partido, o deputado negou.
“Não, por enquanto não. Os insatisfeitos que saiam. Têm várias opções, vários partidos. Quem não quer o Júlio Campos, um Jayme Campos, Dilmar Dal’Bosco, um Botelho?”, questionou?
“Nós temos um grupo mais ou menos consolidado em Mato Grosso e esse grupo vai decidir em conjunto. Queremos ficar todos juntos, mas também podemos nos separar sem problemas. Sem mágoas, nem ressentimentos”, completou.
Articulações
Júlio ainda afirmou que não é contra o partido apoiar Pivetta para o Governo em 2026. Porém, reiterou a necessidade de haver um diálogo dentro do partido para chegar a um consenso da maioria que integra o União Brasil.
“Não há nenhuma dificuldade de Pivetta ser o nosso candidato a governador. Nada contra, pelo contrário, somos amigos. Mas tem que ser conversado, dialogado, sem imposição e sem goela abaixo”.
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