O deputado estadual Júlio Campos afirmou que a formação de uma possível federação entre o União Brasil, Progressistas e Republicanos poderá dificultar a formação das chapas para deputado na eleição de 2026.
De 75 candidatos e espremer para 28, vai ter muita gente que vai querer pular fora
No fim de 2024 se intensificaram as negociações sobre a aliança, que formaria uma ‘superfederação’. Porém, embora a cúpula do União apoie a junção dos partidos, as lideranças estaduais veem dificuldades de acomodar interesses.
“Vai ter dificuldade para a chapa parlamentar. Hoje, cada partido pode lançar um número de vagas e mais um, ou seja, aqui nessa eleição podia lançar 25 candidatos”, explicou.
“Então esse conglomerado teria um potencial de 75 candidatos a deputados estaduais e 27 candidatos a federais, pedindo voto, trabalhando, levando a proposta do candidato majoritário de governador e senador”, disse.
“No momento que fundir, essa federação vai ter apenas dez candidatos a federais e 28 candidatos estaduais”, acrescentou.
Para Júlio, o problema da federação em Mato Grosso não seria por falta de proximidade entre os partidos, já que hoje o PP, Republicanos e União estão no mesmo grupo.
No entanto, a competitividade entre três partidos fortes e a diminuição na quantidade de candidaturas, para Júlio, poderia gerar uma debandada dos membros.
“De 75 candidatos e espremer para 28, vai ter muita gente que vai querer pular fora. Caçar outras alternativas, porque não tem mais espaço”, afirmou.
Acirramento
Júlio prevê ainda que caso a federação de concretize até para se eleger será mais difícil para os candidatos.
“Você vê, só a União Brasil tem cinco candidatos à reeleição aqui na Assembleia. Vai ser uma chapa muito difícil. Esta eleição precisou de 25 mil votos. Na outra, do jeito que vai ficar, serão 35 mil votos, 40 mil votos para chegar aqui nesta Casa”, completou.