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Laudo: munições usadas no crime foram compradas pela PM

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Um laudo pericial da Politec confirmou que as munições utilizadas na arma que matou o advogado Renato Nery, em julho de 2024, foram adquiridas pela Polícia Militar de Mato Grosso.

É uma prova técnica indiscutível e as munições foram de fato adquiridas para a Polícia Militar

 
A informação foi confirmada por uma fonte oficial da investigação.
 
A arma, uma pistola Glock calibre 9 milímetros, foi apreendida durante uma operação realizada na quinta-feira (6), que cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão contra cinco policiais militares e um caseiro.
 
De acordo com a fonte, a perícia conseguiu identificar que as munições foram compradas pelo Estado a partir do número de série dos projéteis.

 
“É um laudo técnico. É uma prova técnica indiscutível. Foi constatado que os estojos e a munição do projétil encontrados lá no local de crime que matou o Renato partiram de uma arma de fogo encontrada com os policiais. E as munições foram de fato adquiridas para a Polícia Militar”, afirmou a fonte.
 
Além disso, a Polícia acredita que as balas pertenciam a lotes destinados à Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas). “Na verdade, um dos batalhões foi da Rotam. Como a arma foi encontrada com o policial da Rotam, presume-se que as munições sejam da Rotam. Mas isso tudo ainda está sendo analisado, está sendo investigado”, explicou.
 
A pistola Glock, modelo comumente utilizado por forças policiais em vários países, não possuía registro e havia sido modificada para disparar em modo automático, permitindo vários tiros em poucos segundos.
  
Investigações e prisões
 
Quatro policiais militares e o caseiro, apontado como o executor do crime, foram presos na operação “Office Crime – A Outra Face”, realizada pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
Os policiais presos são Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Leandro Cardoso e Jorge Rodrigo Martins, todos lotados na Rotam. Um quinto policial, identificado como Heron Teixeira Pena Vieira, está foragido e tem mandado de prisão decretado.
 
Os investigados responderão por homicídio, tentativa de homicídio e fraude processual.
 
A polícia suspeita que, ao “plantar” a arma em um suposto confronto com assaltantes, os policiais tentaram dificultar a identificação dos autores do crime. O suposto confronto foi registrado em um boletim de ocorrência na madrugada de 12 de julho, na Avenida Contorno Leste, em Cuiabá, após uma denúncia de roubo de um veículo.
 
O crime
 
Renato Nery foi executado com sete tiros na manhã de 5 de julho de 2024, quando chegava ao seu escritório na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá. O caso gerou comoção na cidade e levantou suspeitas sobre a participação de agentes públicos no crime. 
 
A fonte reforçou que há detalhes do caso que ainda estão sob sigilo. “Tem outras coisas que estão em sigilo que a gente não pode comentar, infelizmente”, disse. 
 
A Polícia segue investigando como a arma foi parar no local de apreensão e qual seria a relação dos envolvidos com o assassinato buscando esclarecer todos os detalhes do caso. 
 



FONTE

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