O governador Mauro Mendes (União) admitiu a possibilidade de romper o contrato com consórcio responsável pela construção do BRT (ônibus de trânsito rápido) em Cuiabá e Várzea Grande.
O desempenho está horrível, da empresa. O Governo não atrasa pagamento de ninguém, estamos pagando corretamente esse consórcio, mas ele não consegue produzir
O grupo que venceu a licitação para tocar as obras é formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos, Heleno & Fonseca Construtécnica e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia.
Segundo Mendes, apesar das constantes cobranças do Governo, o consórcio segue sem entregar um trabalho satisfatório em Cuiabá, justificando o possível rompimento.
“O desempenho está horrível. O Governo não atrasa pagamento de ninguém. Estamos pagando corretamente esse consórcio, mas ele não consegue produzir”, afirmou à rádio Jovem Pan Cuiabá.
“Tem lá as dificuldades dele, a gente pode até entender, mas isso é um problema dele. A gente contratou para ele resolver problemas, não para ficar justificando problema. Pagamos por isso e o desempenho não está bom. Estamos finalizando algumas tratativas internas e em breve teremos um desfecho ou positivo, que eles melhorem de vez, ou até um possível rompimento de contrato”, completou.
A obra modal em Cuiabá teve início em janeiro do ano passado e deveria ter sido entregue em outubro. Porém, o prazo não foi cumprido e ainda não há uma nova previsão de conclusão.
O governador relatou que apenas esse ano já teve quatro reuniões com sua equipe para tentar chegar a uma solução para o problema, porém, ainda não houve retorno das empresas.
Mendes afirmou que outras empresas que executam obras no Estado também atrasam, porém o Consórcio BRT teria “extrapolado”.
“A maioria atrasa, porém, atrasa pouco, você vê que está se esforçando, que a obra está andando. Atrasa um ou dois meses, é melhor aguentar isso do que romper o contrato e aguardar um ou dois anos”, disse.
“A gente tem esse conhecimento, essa experiência e sabe disso. Agora, aqui já extrapolou o limite e a expectativa é resolver o problema e a partir dai estabelecer um novo cronograma. Não consigo hoje chutar um cronograma, já deveria estar pronto, mas infelizmente não está”.