O governador Mauro Mendes (União) lamentou o assassinato da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, em Cuiabá, e fez um apelo por Jusitça.
A violência está disseminada na cultura desse país. E só vai mudar isso se a gente quebrar essa sensação de impunidade
A morte de Heloysa ocorreu na última terça-feira (22) e chocou o Estado. A jovem foi agredida e morta em casa, no bairro Morada do Ouro. De lá, ela foi levada morta e teve o corpo jogado em um poço, no Ribeirão do Lipa.
A mãe da menor, Suellen de Alencastro Arruda, também foi brutalmente agredida. O principal suspeito de ter arquitetado o crime era seu namorado, o servidor público Benedito Anunciação de Santana, de 40 anos, que está preso.
“É lamentável, é dolorido. Eu tenho filhos, sei que cada pai, cada mãe que tem um filho adolescente, não importa a idade, você se sente no lugar daquela mãe, que também foi brutalmente agredida, atingida e teve a sua filha assassinada”, afirmou em entrevista à imprensa na noite de quarta-feira (23).
“A Polícia está de parabéns, porque em poucas horas depois os criminosos foram descobertos e presos. O que desejo profundamente é que a Justiça seja feita e ela não é feita por nós do Executivo”, completou.
Para o governador, a sensação de impunidade é o que tem gerado o “câncer da violência” no país, auxiliando na crescente de crimes bárbaros que são noticiados em Mato Grosso e outros estados.
“Pessoas que nunca tiveram uma multa no trânsito começam a cometer crimes bárbaros. A violência está disseminada na cultura desse país. E só vai mudar isso se a gente quebrar essa sensação de impunidade”, disse.
Mendes reiterou sua crítica à legislação brasileira e novamente pediu que o Código Penal seja endurecido.
Ele ainda cobrou o Congresso Nacional, alegando que os parlamentares tem que lutar para modificar a legislação que está em vigor a fim de combater o crescimento da criminalidade no Brasil.
Segundo ele, as pessoas precisam temer a “mão pesada” da Justiça.
“Se o juiz solta, não é porque é bonzinho, é porque a lei é frouxa nesse país, vou continuar repetindo. E que o Congresso Nacional possa agir e mudar isso, não deixar que a sociedade brasileira, que está com câncer da violência, fique refém de Código Penal de 1940 com vários ‘remendinhos’ feitos ao longo do tempo”, disse.
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