O governador Mauro Mendes (União) criticou a Assembleia Legislativa por ter votado de forma secreta o veto do Executivo ao trecho da lei que liberava o funcionamento de mercadinhos dentro de presídios do Estado.
Não é justo que ele se omita atrás de um voto secreto e não deixe claro quem foram os 13 deputados que são a favor de mercadinho para presos
A votação ocorreu na sessão de quarta-feira (9) e a maioria dos deputados estaduais votou pela derrubada do veto, liberando o comércio dentro das unidades prisionais.
Foram 13 votos a favor da derrubada e 10 votos contra. Por ser secreto, não dá para saber como cada parlamentar votou.
“Eu acho que tem que abrir, todos somos representantes da população. Tem que ter o direito de voto secreto quando ele está decidindo questões intracorpos, ou seja, para dentro da Assembleia”, afirmou em coletiva à imprensa nesta quinta-feira (10).
“Quando ele vota alguma coisa que tenha a ver com a vida de todos os cidadãos, ele tem que expor opinião dele. Não é justo que ele se omita atrás de um voto secreto e não deixe claro quem foram os 13 deputados que são a favor de mercadinho para presos”, completou.
Mendes já havia alfinetado os deputados que votaram pela derrubada do veto.
Durante a sessão, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) foi o único que se manifestou publicamente a favor da liberação dos mercadinhos nos presídios. Ele, inclusive, fez uma fala em defesa no plenário.
Mendes foi questionado se o voto secreto na Assembleia Legislativa não seria uma forma de segurança para os deputados. Porém, rechaçou a ideia.
“Se você quer ser representante, ônus e bônus. Ser deputado, ser governador, ser presidente tem um lado bom, mas tem um lado ruim também. Tem que coragem de ir lá e decidir e deixar o povo saber o que você está decidindo”, disse.
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