O governador Mauro Mendes (União) evitou cravar uma data para a finalização de todos os trechos da obra do BRT (ônibus de trânsito rápido). Ele, porém reafirmou trabalhar para terminar “o quanto antes”.
O governo fez um estudo técnico e mostrou que uma contratação partilhada nesse momento seria o melhor caminho
Na ùltima semana, o presidente do TCE-MT (Tribunal de Contas do Estado), conselheiro Sérgio Ricardo, pediu que as obras do modal sejam concluídas até janeiro de 2026.
Para dar mais celeridade aos trabalhos, o governador disse que deve haver uma divisão da licitação em lotes .
“Existe um processo de obra e gostaríamos de terminar o mais rápido possível. Agora, quanto a divisão em lotes, nós já informamos isso ao TCE, e que bom que o presidente concordou, e o presidente da Assembleia também concordou”, disse à imprensa, se referindo a Sérgio Ricardo e ao deputado Max Russi (PSB), da Assembleia Legislativa.
“O governo fez um estudo técnico e mostrou que uma contratação partilhada nesse momento seria o melhor caminho, mas precisamos da autorização dos órgãos de controle, no caso do TCE-MT. E parece-me que eles estão caminhando nessa direção [de concordar] e eu fico feliz”.
Mendes reconheceu também o empenho das empresas que formam o Consórcio BRT em terminarem as obras nos trechos que já foram iniciados. Caso, não conclua em 150 dias (cinco meses), o consórcio pagará uma multa de R$ 54 milhões.
“Nós fizemos um acordo com a empresa para evitar uma rescisão litigiosa que poderia parar na Justiça e poderia trazer mais prejuízo para todos nós, onde ela tem um prazo de cinco meses para acabar, se não tem uma multa gigante para o ‘lombo’ dela”, afirmou Mendes.
“O Consórcio está mostrando empenho para acabar, enquanto isso nós estamos preparando o processo para soltar os demais trechos para concluir as obras”, finalizou.
Fracionamento das obras
O restante dos trechos do BRT em Cuiabá, que ainda não foram iniciados pelo Consórcio BRT, serão divididos em lotes, com a contratação de várias empresas para trabalhar em cada um.
A divisão da licitação em lotes teria o objetivo de dar mais celeridade aos trabalhos no modal e as empresas serão contratadas por especialidades. A ideia já tinha sido defendida pelo próprio presidente da ALMT, Mas Russi, que chegou a apresentar em fevereiro uma Indicação Legislativa solicitando o fracionamento da licitação da obra.
Atualmente, os trechos iniciados estão sendo concluídos pelo Consórcio BRT, que tem 5 meses para terminar as obras.
Veja o vídeo:
Leia mais:
Sinfra: MT tem verba para conclusão e vai dividir licitação em lotes
Para não pagar multa de R$ 54 mi, Consórcio retoma obra do BRT