O governador Mauro Mendes (União) afirmou que “pessoas” estariam “fazendo barulho à toa” sobre a manifestação dele no Supremo Tribunal Federal (STF) em que pede a desapropriação das terras para condenados por desmatar áreas ilegais.
Na semana passada, o Governo ingressou com uma ação do STF para garantir a legalidade da expropriação de terras. Deputados estaduais como Janaina Riva (MDB) e Gilberto Cattani (PL) reagiram a manifestação.
Já falei isso há dois anos, já falei isso várias vezes. As pessoas estão fazendo barulho à toa
Mendes disse que tem defendido, desde 2022, a desapropriação para condenados por desmate ilegal. E que apenas 2% dos produtores rurais cometem crimes ambientais.
“Senhores, falei isso, mas isso não novidade, não. Já falei isso há dois anos, já falei isso várias vezes. As pessoas estão fazendo barulho à toa. Essa ideia não é nova”, disse.
“Agora, alguém aqui defende os 2% que faz desmatamento ilegal? Então que se apresente dizendo: ‘Eu sou defensor dos 2% que faz desmatamento ilegal’. Eu [governador] sou defensor dos 98% que fazem as coisas corretas em Mato Grosso”, acrescentou.
O pedido do Governo do Estado encaminhado ao STF diz: “Busca-se que se reconheça ser constitucionalmente possível expropriar, sem indenização, propriedades rurais onde se constate desmatamento ilegal, destinando-as a fins de interesse coletivo (reforma agrária, habitação popular ou conservação ambiental), analogamente ao já previsto para cultura de psicotrópicos e trabalho análogo à escravidão”.
Reação
Após a ação no STF e com a reação do setor, Mendes gravou um vídeo para o Instagram dizendo que não há pedido de “perda automática” de terras e afirmou que políticos que espalharam essas informações seriam “malandros” e estariam atrás de votos.
Uma das críticas veio da deputada Janaina. Mendes, no entanto, disse à imprensa que não houve ataques à parlamentar.
“Eu falei o nome dela? Por que ela se sentiu [atacada]?”, disse. “Não citei o nome de ninguém. Falei de políticos malandros. Tem ou não tem políticos malandros nesse país?”.
Veja o vídeo:
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