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PMs do caso Nery serão indiciados por homicídio e fraude

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Os quatro policiais militares presos por suposto envolvimento no assassinato do advogado Renato Nery responderão por homicídio, tentativa de homicídio e fraude processual pelo episódio em que teriam “plantado” a arma do crime em confronto forjado ocorrido uma semana após a morte do jurista.
 
Lotados na Rotam, Leandro Cardoso, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Jorge Rodrigo Martins foram presos na quinta-feira (6), na operação Office Crime – A Outra Face, da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Cuiabá. 
 
Os investigadores suspeitam de que, ao plantar a arma com assaltantes, os policiais tinham a intenção de dificultar a identificação do autor dos tiros que mataram Nery.
 
O suposto confronto, conforme o boletim de ocorrência, ocorreu na madrugada de 12 de julho, na Avenida Contorno Leste, no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá, quando os quatro PMs atenderam à denúncia do roubo de um Volkswagen Gol.

 
O roubo teria acontecido cerca de quatro horas antes dos três suspeitos serem localizados pelos PMs, quando estavam a caminho de um desmanche de carros. Na ação, os policiais afirmam que houve reação e disparos por parte dos criminosos.
 
Assim, os tiros foram revidados e resultaram na morte de um dos ladrões e deixou o segundo baleado. Já o terceiro envolvido fugiu. Conforme o B.O., onde consta o relato dos policiais, o trio estava com duas pistolas, uma Glock G17 e uma Jericho.
 
Entretanto, a reportagem apurou que a perícia feita no local não encontrou nenhuma cápsula deflagrada das pistolas. A suspeita da Polícia é que os PMs tenham plantado não somente a Glock utilizada na morte de Nery, mas também a Jericho.
 
Na denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), consta que o criminoso que foi baleado e sobreviveu afirmou que eles cometeram o roubo do carro utilizando somente uma arma falsa que compraram online.
 
Ainda conforme apurado pelo MidiaNews, a vítima do roubo afirmou em depoimento à Polícia Civil que os criminosos portavam somente uma arma. De acordo com o MPE, ambas as pistolas que supostamente estavam em posse do trio não foram encontradas no local do confronto.
 
Tanto a Glock quando a Jericho foram entregues pelo sargento Jorge Rodrigo Martins ao, na época, delegado titular da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa), Rodrigo Azem.
 
A investigação do assassinato de Nery continua sendo realizada pela DHPP, pelo delegado Bruno Abreu.
 
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