A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, nesta quinta-feira (17), mais uma fase da Operação “Office Crime – O Elo”, que apura o homicídio do advogado Renato Gomes Nery.
Essa etapa da investigação, conduzida pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), envolve os investigados pela intermediação relacionada à entrega da arma de fogo para os executores do homicídio e, também, a conexão com os mandantes.
A Operação “Office Crime – O Elo” contou com apoio da Delegacia de Primavera do Leste e da Corregedoria Geral da Polícia Militar, que acompanhou as ações para cumprimento dos mandados.
Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e de busca e apreensão domiciliar contra dois policiais militares.
Também foram cumpridas medidas cautelares de monitoramento por uso de tornozeleira eletrônica em desfavor de outros dois investigados, por haver risco de fuga. Ambos não são servidores públicos e residem na cidade de Primavera do Leste.
As diligências da DHPP, que embasaram as ordens judiciais decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), identificaram que os investigados, compõem a parte da intermediação do crime, incluindo o repasse da arma de fogo para os indivíduos que executaram a vítima.
Conforme o delegado titular da DHPP, Caio Albuquerque, e o delegado que preside o inquérito, Bruno Abreu, com mais essas duas prisões, sobe para nove o número de pessoas presas por envolvimento no homicídio.
“Nesta fase, foi possível identificar o vínculo dos envolvidos com a intermediação, o mando e a execução do homicídio. O trabalho investigativo continua, visando o esclarecimento do crime e indiciamento dos acusados”, disseram os delegados.
O homicídio
Renato Nery morreu aos 72 anos, atingido por disparos de arma de fogo no dia 5 de julho do ano passado, na frente de seu escritório, na Capital. O advogado foi socorrido e submetido a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas morreu horas após o procedimento médico.
Desde a ocorrência, a DHPP realizou inúmeras diligências investigativas, com levantamentos técnicos e periciais, a fim de esclarecer a execução do profissional. As investigações da DHPP apontam a disputa de terra como a motivação para o homicídio de Renato Nery.
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