A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), atribuiu o rompimento com o presidente da Câmara Municipal, vereador Wanderley Cerqueira (MDB), a uma negativa dela a um pedido de nomeação na Secretaria de Saúde.
Ele quis que eu nomeasse um secretário de saúde, fez a indicação, eu falei que não nomearia
Segundo ela, Wanderley queria o médico Arilson Arruda, ex-vice da ex-prefeita Lucimar Campos, como secretário de Saúde. O vereador teria pedido também a direção do Pronto-Socorro.
Ela, porém, disse ter negado os pedidos e classificou a ação do vereador como “velha política”. Desde então, ambos estão rompidos.
“Me reuni [com Wanderley] logo após ganhar a eleição. Ele quis que eu nomeasse um secretário de saúde, fez a indicação, eu falei que não nomearia”, afirmou ela em entrevista à Rádio Cultura, na última semana.
“Ele não gostou muito da minha postura de não nomear o diretor do Hospital e Pronto-Socorro ou secretário. Não gostou da minha posição de negativa, que não coadunei”, acrescentou.
A secretária de Saúde nomeada por Flávia foi a enfermeira Deisi de Cássia Bocalon Maia, que é especialista em Saúde Coletiva. Ela disse que queria alguém técnica para o cargo e elogiou o trabalho da secretária.
“A Deisi está dando um show na Saúde em Várzea Grande, estamos fazendo um trabalho excepcional na saúde. O Wanderley não gostou muito da minha negativa da indicação dele quanto à situação da área da saúde e relutou”, afirmou.
Relação com a Câmara
A prefeita negou que tenha uma relação ruim com os vereadores e disse que mantém diálogo com vários deles, estando aberta a receber todos.
“Acredito que o diálogo é uma coisa que se constrói com o tempo e ainda não deu tempo de se construir, porque a maioria lá foi da base do Kalil [Baracat], então é louvável ter essa construção”, completou.