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Rabaneda defende prerrogativas e remuneração digna na Justiça

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O advogado Ulisses Rabaneda tomou posse, nesta terça-feira (11), como conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em uma cerimônia conduzida pelo ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal.

Registro o meu compromisso inafastável de atuar na defesa das prerrogativas da advocacia

 
Rabaneda foi indicado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ocupará a vaga destinada à advocacia pelos próximos dois anos.
 
Em discurso curto, Rabaneda destacou a importância da defesa das prerrogativas da advocacia, que segundo ele são fundamentais para garantir o pleno acesso à Justiça.
 
“A nomeação e posse no CNJ não representa um ponto de chegada, mas um compromisso ainda maior: trilhar o caminho que hoje se inicia com ética, dedicação e equilíbrio para contribuir com o aprimoramento do Judiciário e a efetivação da Justiça”, afirmou.

 
“Registro o meu compromisso inafastável de atuar na defesa das prerrogativas da advocacia, que não representam privilégios, mas os instrumentos indispensáveis para que os cidadãos tenham assegurado o pleno acesso à Justiça. Sem uma advocacia livre, independente e respeitada, não há Estado Democrático de Direito”, completou.
 
Rabaneda também defendeu o combate à “judicialização excessiva” no Brasil e a modernização do sistema Judiciário por meio da inteligência artificial, “ferramenta valiosa para modernizar o judiciário sem, jamais, negligenciar a sensibilidade e ética do trabalho humano exige”.
 
Outro ponto central de seu discurso foi a necessidade de fortalecimento da Magistratura e da independência judicial. Para Rabaneda, um Judiciário forte depende de juízes autônomos e bem remunerados.
 
“Juízes devem decidir com autonomia e liberdade, guiados pela Constituição e pelas leis, mesmo que isso signifique contrariar interesses e opiniões majoritárias. Um judiciário forte é aquele que é alicerçado na independência dos seus membros, serve como guardião dos direitos fundamentais e da democracia”, disse.
 
“Para isso é preciso é olhar para os nossos magistrados e garantir-lhes remuneração digna e atrativa aos vocacionados, bem como a observância das suas prerrogativas constitucionais e legais”, completou.
 
Julgamento disciplinar 
 
No âmbito disciplinar, o novo conselheiro se comprometeu a atuar com “disciplina e imparcialidade”. Rabaneda assume o cargo em um momento emblemático para Mato Grosso, quando os desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça, estão afastados pelo CNJ por suposta venda de sentença.
 
“No âmbito disciplinar, estou comprometido em atuar com justiça, firmeza e imparcialidade, e respeito inatingível ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa. Pilares sem os quais não há a verdadeira Justiça”, afirmou.
 
Por fim, o conselheiro destacou a necessidade de superar barreiras institucionais e compreender as reais necessidades da sociedade. Ele citou o escritor português José Saramago: “É preciso sair da Ilha para ver a Ilha. Não nos vemos se não sairmos de nós”.
 
Além de Rabaneda, assumiu o cargo de conselheiro o procurador de Goiás Marcello Terto. 
 
Formação do CNJ
 
O Conselho Nacional de Justiça é composto por 15 conselheiros: 3 ministros de tribunais, 6 magistrados, dois membros do Ministério Público, dois integrantes da OAB e dois cidadãos de notório saber jurídico e reputação ilibada, sendo um indicado pelo Senado e outro pela Câmara dos Deputados.
 
Veja cerimônia:
 

 



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