O vereador Rafael Ranalli (PL) afirmou nesta quinta-feira (20) que vai apresentar um projeto de lei que proíbe a Prefeitura de Cuiabá de investir em eventos ligados ao Carnaval pelos próximos quatro anos.
Que não tenha Carnaval. […] Que o dinheiro não vá para o carnaval, que vá para outra atividade cultural
“Já que ele [o prefeito Abilio Brunini] alega calamidade financeira e porque muita gente utiliza a saúde pública, educação e reclama que não tem condições não é justo que o dinheiro vá para o Carnaval. Esse é o meu pensamento”, afirmou.
Segundo ele, o projeto será apresentado na sessão da próxima terça-feira (25). No entanto, o vereador já está colhendo assinaturas para colocar em pauta em regime de urgência, visando tentar aprovar a proposta antes do Carnaval, que ocorre no início de março.
“Vou deixar bem especificado, não é em toda e qualquer festa, é específico do Carnaval, porque sempre quando vou discutir um projeto aqui, que vocês tratam como polêmico, a primeira pergunta que vem é: ‘E o Carnaval? Por que o Carnaval pode?’. Então pronto, o Carnaval não pode, tem pessoas na fila do SUS, na fila de cirurgia e o dinheiro que vá para a saúde e educação”, disse.
Apesar do argumento do vereador, os recursos que são utilizados para investir em eventos como Carnaval e outras festas são repassados pela Secretaria Municipal de Cultura e não podem ser transferidos para outras Pastas, como Saúde e Educação.
Ranalli ainda foi questionado se projeto não poderia penalizar empresários, comerciantes e a própria economia de Cuiabá. Ele, no entanto, minimizou a preocupação.
“De maneira alguma. É apenas a Prefeitura não colocar dinheiro público. Ninguém aqui é contra o Carnaval, ninguém está falando para não ter a festa. Com certeza, os bares não vivem do dinheiro público”, disse.
Ele ainda afirmou que aqueles eventos de Carnaval que não se viabilizam sem o investimento da prefeitura devem acabar.
“Que não tenha Carnaval. […] Que o dinheiro não vá para o carnaval, que vá para outra atividade cultural que fomente a cultura da mesma maneira”, disse.
“É uma pauta conservadora. Ao meu ver, são essas pautas que a gente defende> Como eu sempre repito, é para isso que fui eleito”.
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