O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Sérgio Ricardo, anunciou que convocará as empresas responsáveis pelas obras do BRT (ônibus de trânsito rápido) para apresentação de um cronograma detalhado da execução da obra.
Se não tiver projeto de tudo, atrasa. A pessoa não consegue colocar nenhuma pedra aqui se não tiver um projeto
A medida, segundo ele, é necessária para garantir celeridade na conclusão do modal, em especial no trecho que abrange a Avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA), que está atrasada há meses.
“Não dá para tocar essa obra sem três turnos e sem trabalhar sábado e domingo. Nós já estamos entrando no mês de maio. Temos apenas oito meses para concluir essa obra. Não dá para perder mais nenhum dia”, disse durante vistoria realizada nesta segunda-feira (28).
Sérgio Ricardo afirmou que o TCE vai exigir um planejamento de trabalho dia a dia e também cobrar a apresentação completa dos projetos, apontados como uma das principais causas de paralisações no andamento da obra.
“Se não tiver projeto de tudo, atrasa. A pessoa não consegue colocar nenhuma pedra aqui se não tiver um projeto”, disse.
A obra na Avenida do CPA é tocada pelo consócio BRT Cuiabá – Várzea Grande formado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A., Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda.
A convocação das outras empresas, segundo o presidente, deve ocorrer nos próximos dias. Na audiência, será cobrada a apresentação de todos os projetos executivos e o detalhamento de quantas empresas serão contratadas para acelerar a conclusão do corredor de ônibus.
“Situação de emergência”
O Governo do Estado e o consócio romperam o contrato para a conclusão do BRT, e entraram em um acordo para a rescisão. Nele, está estabelecido que o consórcio não seguirá com outros trechos das obras, mas que concluirá o trecho da Avenida do CPA, sob pena de multa.
O presidente do TCE cobra que a obra seja finalizada até fevereiro do ano que vem. Para ele, falta ritmo do consócio nos últimos dias e cobrou que é necessário colocar um “terceiro turno” de trabalhos.
“Eu não tenho visto terceiro turno nesta semana de Páscoa, nem sábado, nem domingo. Estamos em situação de emergência. Dá uma olhada na fila de carros!”, disse.
Segundo Sérgio Ricardo, o TCE manterá fiscalização permanente e promete rigor no acompanhamento da obra.
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