O governador Mauro Mendes (União) afirmou que era necessário substituir o ex-comandante geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes, pelo colega de patente Cláudio Fernando Carneiro.
Ele [coronel Mendes] fez o que pôde. Deu sua contribuição, como todos dão, agora a mudança é necessária. A oxigenação do governo já aconteceu em algumas pastas e pode acontecer em qualquer momento
A troca ocorreu na manhã desta sexta-feira (29), no Comando Geral da Polícia Militar. Após a cerimônia, o governador disse que, embora valorize uma gestão estável, mudanças de equipe podem ocorrer a qualquer momento.
“A sensação é dele. Ele [coronel Mendes] fez o que pôde. Deu sua contribuição, como todos dão, agora a mudança é necessária. A oxigenação do governo já aconteceu em algumas pastas e pode acontecer em qualquer momento. Falei aos secretários que, de agora para frente, estou acelerando mais ainda, serei um cobrador mais incisivo para que as coisas não entrem no módulo câmera lenta. Minha cobrança sobre performance de secretário aumentará e todos fiquem com a barba de molho”, garantiu.
“A mudança é natural, independente de perder a confiança. Não mudo muito, estranham porque mudo pouco meu secretariado. É um dos governos mais estáveis, mas, quando é necessário, fazemos as mudanças. Fiz porque, dentro dos meus critérios, precisava dar uma reoxigenada”, apontou.
Além disso, o governador explicou o motivo pelo qual não convidou Alexandre para participar das reuniões sobre o programa Tolerância Zero ao Crime Organizado.
Mendes, por fim, defendeu que o novo comandante, Cláudio Fernando Carneiro, permaneça no cargo após 2026, data para a qual está prevista a eleição de um novo governador.
“Não participou mesmo [do Tolerância Zero]. Ele foi construído com muito sigilo, está escrito que o governador chama quem acha importante para construir as estratégias. Meu modelo não é fazer uma assembleia que deve dar resultado”, observou.
“Ele [coronel Alexandre] caminha para a aposentadoria, estava com tempo de compulsória no início do ano [que vem] e antecipamos em função de começar um programa [Tolerância Zero] que vai até o final do meu mandato, espero que continue depois. Planejei um comandante [Cláudio] que pudesse continuar, não que ficaria poucos meses”, completou.