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Esperamos que nossos colegas consigam provar inocência

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Decano do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o desembargador Orlando Perri diz esperar que os colegas João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho, afastados de seus cargos em agosto, consigam mostrar que não têm participação em um esquema de venda de sentenças.

Mas nós temos que ter em mente que todos, absolutamente todos, são considerados inocentes até que se prove a sua culpabilidade

 

“Nós esperamos que os nossos colegas afastados consigam provar a sua inocência durante o processo”, disse Perri, destacando que a presunção da inocência é um princípio básico.

 

Os desembargadores foram afastados por suspeita de integrar um esquena de venda de sentença. Em novembro passado, foram alvo da Operação Sisamnes, da Polícia Federal, e tiveram que colocaram tornozeleira eletrônica.

 

Perri lamentou o impacto negativo da situação para o Tribunal de Justiça, mas reforçou a importância da presunção de inocência. 

 

“É lamentável, claro. Todos nós sentimos essa situação que passa pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Mas nós temos que ter em mente que todos, absolutamente todos, são considerados inocentes até que se prove a sua culpabilidade”, disse.

 

Questionado sobre se tem conversado com os magistrados, Perri afirmou que desde que foi implementada as cautelares pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Operação Sisamnes, não fala com os colegas. “Não, não tenho contato com eles”, afirmou.

  

O caso está tramitando no STF, sob relatoria do ministro Cristiano Zanin.

 

Operação Sisamnes

 

A operação, deflagrada por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal Cristiano Zanin, cumpriu mandado de prisão contra o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, que é apontado pela investigação como um dos principais envolvidos em um esquema de venda de sentença no Superior Tribunal de Justiça.

 

As casas e os gabinetes dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho foram vasculhados pela PF. Eles estão sendo monitorados por tornozeleira eletrônica.

 

Ainda foram alvos de busca e apreensão o advogado Flaviano Kleber Taques Figueiredo; o empresário Valdoir Slapak; um dos seus sócios Haroldo Augusto Filho; o filho do desembargador Sebastião, Mauro Thadeu Prado de Moraes; o ex-assessor do desembargador Sebastião, o advogado Rodrigo Vechiato da Silveira; o servidor do Tribunal de Justiça, Rafael Macedo Martins; o policial militar Victor Ramos de Castro; e o escritório do advogado Roberto Zampieri.

 

As investigações começaram a partir de dados colhidos do celular de Zampieri, assassinado no dia 5 de dezembro de 2023.

 

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