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PF pede a prisão de desembargador, mas ministro do STF nega

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O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido de prisão feito pela Polícia Federal contra o desembargador João Ferreira Filho, alvo da segunda fase da Operação Sisamnes, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (20).

 

A operação investiga um suposto esquema de venda de decisões judiciais, envolvendo advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados. O desembargador está afastado do cargo desde agosto, e nesta fase teve “restrições ampliadas”. 

 

Conforme informações divulgadas pela STF, a Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se contra a prisão do magistrado. Assim, o ministro Cristiano Zanin seguiu o parecer ministerial.

 

“Por entender que as medidas cautelares impostas são suficientes para assegurar a aplicação da lei penal e evitar novas práticas delitivas”, justificou Zanin.

 

Assessoria/TJMT

joão ferreira filho

O desembargador João Ferreira Filho, alvo da segunda fase da operação

Nesta fase da operação, o ministro determinou o afastamento das servidoras Maria de Lourdes Guimarães Filha, esposa do magistrado, e Alice Terezinha Artuso, filha.

 

A primeira fase da operação revelou que Alice Artuso teria movimentado dinheiro para a aquisição de bens de alto valor, e que ela atuaria como intermediadora do suposto recebimento de valores ilícitos oriundos do advogado Roberto Zampieri.

 

Zampieri foi assassinato em dezembro do ano passado e é figura central para a deflagração da operação. Conversas encontradas em seu celular indicaram o possível esquema de venda de sentença.

 

Harley-Davidson e R$ 1,8 milhão 

 

Os dados levantados pela Polícia Federal revelam indícios de que Alice Artuso teria recebido R$ 1,8 milhão de uma empresa que tinha Zampieri como sócio. 

 

Uma das transações identificadas pelo Coaf se refere ao pagamento por Alice de uma parcela de R$ 25 mil pela compra de uma moto Harley-Davidson possivelmente em favor de João Ferreira Filho.

 

Também foi detectado o pagamento de um boleto, no valor de R$ 275 mil, a uma empresa do setor de imóveis também supostamente em favor do desembargador.

 

Em consulta aos sistemas notariais, a Polícia Federal diz ter encontrado inúmeras e sucessivas aquisições e vendas de imóveis relacionadas ao desembargador e sua esposa.

 

Cautelares

 

Diante disso, Zanin autorizou o bloqueio de R$ 1,8 milhão dos investigados, valor referente ao suposto dano, além de proibir o contato do magistrado com a Alice.

 

Alice Terezinha e Maria de Lourdes foram proibidas de acessar ou ingressar no prédio do TJMT e nos sistemas da Justiça estadual. Também foram obrigadas a entregarem os passaportes e proibidas de deixar o país.

 

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