O governador Mauro Mendes (União) afirmou na manhã desta segunda-feira (18) que é preciso defender a democracia brasileira da “estupidez coletiva”.
Não podemos deixar que percamos o senso do que é certo, do que é errado, para que daqui alguns anos nós possamos estar comemorando a democracia
A declaração foi dada na Assembleia Legislativa, durante seu discurso no seminário que comemora os 35 anos da Constituição de Mato Grosso.
Sem citar o recente atentado à bomba na Praça dos Três Poderes, em Brasília, Mendes comparou a ameaça à democracia com o nazismo.
“Eu li um artigo do filósofo alemão [Dietrich] Bonhoeffer, quando ele se opôs ao regime nazista ele foi preso e na prisão ele fez uma grande reflexão: por que o povo alemão, naquele momento um dos mais cultos da Europa, desenvolvido tecnologicamente, uma nação próspera, que a Alemanha já o era, estava se rendendo, se juntando a tão irracional teoria levantada por Hitler, nazista, que levou o país à Segunda Guerra Mundial?”, questionou.
“Ele discorreu sobre a estupidez coletiva. Nós não podemos deixar que a estupidez coletiva coloque em risco a democracia brasileira”, completou.
Na presença dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Flávio Dino, o governador reiterou a necessidade de “reorganizar” os direitos e deveres para restaurar o equilíbrio entre a sociedade e os Poderes.
“Todo cidadão precisa fazer sua parte para que a democracia, comemorada na Constituição, que na Federal traz tanto a palavra direito e tão pouco as palavras obrigações e deveres. Nós precisamos reorganizar essa lógica de direitos e deveres para que haja equilíbrio e perpetuação dessa tão importante democracia hoje comemorada”, disse.
“Não podemos deixar que percamos o senso do que é certo, do que é errado, para que daqui alguns anos nós possamos estar aqui, ou em qualquer canto do Brasil, comemorando a democracia desse país. Mas que ela possa trazer prosperidade social, igualdade, que o Estado Brasileiro possa prestar serviço com dignidade aos seus cidadãos e toda sociedade.”
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