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Gilmar: “Nem tudo que se divulga é necessariamente verdadeiro”

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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, pediu “cautela” na divulgação de informações sobre as investigações do assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em dezembro do ano passado em Cuiabá.

 

Nem tudo que se divulga é necessariamente verdadeiro, é preciso ter muita cautela em relação a essas divulgações, muita reflexão em torno disso

A apuração da morte do advogado levou a suspeita da existência de um esquema de venda de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça.

 

Mensagens de celular mostraram que o empresário cuiabano Andreson de Oliveira era interlocutor de Zampieri com servidores do STJ.

 

“Nós estamos interessados no esclarecimento desses fatos. Nem tudo que se divulga é necessariamente verdadeiro, é preciso ter muita cautela em relação a essas divulgações, muita reflexão em torno disso. Isso vale para nós, para as autoridades investigadoras e vale para a imprensa”, afirmou Mendes em coletiva na Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (18).

 

As ações contra os suspeitos do assassinato de Zampieri estão tramitando no Supremo após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

 

Uma das ações tramitava na 12ª Vara Criminal de Cuiabá e tem como réus o coronel reformado do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, apontado como financiador do crime; Hedilerson Fialho Martins Barbosa, suspeito de ser o intermediador do homicídio; e o pedreiro Antônio Gomes da Silva, que confessou ter atirado e matado Zampieri.

 

Já a outra ação estava no Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo) e investiga o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, que foi indiciado pela Polícia Civil de Mato Grosso como suposto mandante do crime.

 

Gilmar explicou a decisão de repassar o caso ao STF e prometeu celeridade na apuração sobre o crime. No entanto, ele não respondeu ao ser questionado sobre o prejuízo à imagem do Judiciário.  

 

“Os fatos estão sendo investigados. Como se entendeu que poderia haver repercussão na esfera da prerrogativa de foro esse processo, a pedido da Procuradoria Geral para o Supremo, foi distribuído ao ministro [Cristiano] Zanin, que ficará responsável por conduzir as investigações”, disse.

 

“Mas o Judiciário estará empenhado em esclarecer esses fatos com a maior rapidez possível.”

 

Veja vídeo:

 





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