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Apesar de decisão, empresária acusada de pirâmide segue presa

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Apesar da decisão da juíza Débora Roberta Pain Caldas, da 2ª Vara Criminal de Sinop, determinando sua soltura na última quinta-feira (14), a empresária Taiza Tossat Eleotério da Silva continuou presa na Cadeia Feminina de Colíder. O marido dela, Wander Aguilera Almeida, foi liberado mediante cautelares.

Ciente da r. determinação, deixei de colocar em liberdade a Sr.(a) Taiza Tossat Eleotério Silva, em razão de existir outro mandado de prisão em desfavor da ré

 

A defesa de Taiza conseguiu um habeas corpus pelo flagrante ocorrido no dia 31 de outubro, durante a Operação Cleópatra, da Polícia Civil, pela acusação de posse de munições e anabolizantes ilegais.

 

Na ocasião, o marido de Taiza admitiu que seria o proprietário dos materiais ilícitos. Entretanto, ambos foram indiciados pelos crimes e presos.

 

Conforme apurado pelo MidiaNews, quando a direção do presídio recebeu o alvará de soltura da empresária, foi constatado outro mandado de prisão contra ela. Dessa vez, envolvendo o suposto esquema de pirâmide que ela teria liderado por meio de sua empresa.

 

O mandado de prisão é consequência da investigação da Decon (Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor) de Cuiabá, que apura denúncias contra a empresária pelos crimes de estelionato, associação criminosa e fraude. 

 

“Aos quinze dias do mês de Novembro do ano de 2024, na cidade e Comarca de Colíder/MT, no estabelecimento prisional Cadeia Pública Feminina de Colíder-MT, em cumprimento ao r. Alvará de Soltura, procedi ao cumprimento do Alvará de Soltura exarado em favor do(a) réu/acusado(a) Sr.(a) Taiza Tossat Eleotério Silva”, consta no documento.

 

“Ciente da r. determinação, deixei de colocar em liberdade a Sr.(a) Taiza Tossat Eleotério Silva, em razão de existir outro mandado de prisão em desfavor da ré, conforme informação no processo […], com mandado de prisão”.

 

O suposto esquema

 

Conforme a investigação da Decon (Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor) de Cuiabá, Taiza seria a líder do suposto esquema criminoso, no qual já foram oficialmente identificadas dezenas de vítimas e um prejuízo de ao menos R$ 2,5 milhões.

 

Entretanto, o MidiaNews apurou que a maioria das vítimas preferiu não registrar boletim de ocorrência contra a empresária. O número de lesados, conforme fonte da reportagem, pode chegar a 100 pessoas, que juntas perderam mais de R$ 15 milhões. 

 

Entre 2021 e 2022, o escritório da DT Investimentos funcionou no Edifício Helbor Business, no Bairro Alvorada, na Capital. Taiza se apresentava como proprietária, enquanto seu ex-marido, o ex-policial federal Ricardo Mancinelli Souto Ratola, e o cirurgião-geral Diego Rodrigues Flores, se apresentavam como seus sócios.

 

Ricardo e Diego também foram alvos da Operação Cleópatra, e tiveram cumpridos contra eles mandados de busca e apreensão, bloqueios de bens e valores e suspensão de atividades econômicas de empresas.

 

Na ação, entretanto, somente Taiza foi presa, por mandado, e seu marido pelo flagrante com materiais ilícitos. 

 

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.

 

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