O secretário de Estado de Fazenda de Mato Grosso, Rogério Gallo, destacou a importância do uso da ciência de dados como ferramenta para identificar a sonegação fiscal em território mato-grossense.
Estamos trabalhando fortemente com ciência de dados e, hoje, temos um time de fiscais que criaram um roteiro de trabalho
“É uma estratégia de negócio – a sonegação –, às vezes, não é vender soja, milho ou combustível, é aumentar ainda mais o seu lucro sonegando. Para isso, estamos trabalhando fortemente com ciência de dados e, hoje, temos um time de fiscais que criaram um roteiro de trabalho a partir dos dados e, assim, conseguimos antecipar comportamentos”, afirmou durante entrevista ao Podcast MT Conectado, na segunda-feira (18).
O secretário explicou que a principal estratégia do Estado é localizar os sonegadores e agir antes que eles causem prejuízos ao erário público.
Ele também ressaltou a criação do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) como uma medida eficaz no combate à sonegação fiscal e aos crimes contra a administração pública. O comitê foi recentemente inaugurado pelo governador Mauro Mendes em parceria com o Ministério Público.
“É um local novo em que todas as agências e a delegacia fazendária, dentro do Ministério Público, que compartilham dados em tempo real e chegam muito mais rápido ao patrimônio dos sonegadores. 2025 será o ano do Cira contra essas fraudes estruturadas”, disse.
Gallo também enfatizou que o Estado, ao promover a cidadania fiscal por meio do programa Nota MT, segue rigorosamente a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e não rastreia o comportamento de compra da população.
“A LGPD nos impede de fazer compartilhamento de informações econômicas de contribuintes que tenham aderido ao Nota MT. É muito importante isso ficar claro”, comentou.
Assista à íntegra da entrevista no Podcast MT Conectado, apresentado pela secretária de Estado de Comunicação, Laice Souza, e pela secretária adjunta de Jornalismo, Carol Sanford.